Lembrando de você



Imagem: Kev Mc

Estava assistindo a um capítulo de uma das minhas séries americanas preferidas, quando a personagem principal liga para uma de suas melhores amigas pra dizer que está se sentindo perdida e completamente sozinha. Nesta mesma ligação a minha heroína favorita confessa que acabou por se recordar de um amor do passado e imaginar como seria estar naquela cidade com ele.

Atire a primeira pedra quem nunca fez isso! O que custa são as pessoas confessarem publicamente que um determinado amor do passado – ou quem sabe mais de um amor – volta e meia vem à sua mente por alguma situação. Pode ser em um momento de alegria; naquele show que vocês gostavam de ir; nos passeios no final de semana; naquele cineminha que pegavam pelo menos uma vez por semana; em uma divergência; quando você passa por um momento difícil ou tantas outras ocasiões que se fossem listadas eu poderia me esquecer de alguma.

Nesta maré de lembranças, chego à conclusão de que a gente só lembra de quem teve uma grande importância em nossa história e, também, porque se está sozinho. Mas no caso da personagem principal que comentava anteriormente, era diferente, uma vez que ela se lembrou do “tal” rapaz do passado porque alguma coisa ia mal em seu atual relacionamento.

Eu confesso que sou uma dessas pessoas que carregam algumas saudades momentâneas. Que meus amores do passado nunca leiam essas palavras e, tampouco, acessem minhas crônicas! Um bom exemplo é que às vezes sonho que estou tendo uma conversa super saudável com um deles, acredito porque tínhamos um bom diálogo. Eis que a vida e alguns acontecimentos acabaram por tirá-lo de vez do meu convívio e então foram embora às conversas e a divisão de idéias que pudessem existir entre ambos.

Não sei você, mas sempre que me ocorre algo que julgo ruim ou muito bom ainda hoje, me pego imaginando como seria ligar para essa pessoa e contar tudo o que está mudando minha vida. Queria saber se ele ficaria feliz ou triste, se teria uma palavra de carinho ou algum conselho super sensato. Pura imaginação, porque o tempo – e certamente a intervenção de outros fatores - separam as pessoas que não mantém contato assíduo ou que não possuem mais o mesmo carinho que possuíam antes.

Se arriscasse na área da filosofia, o certo seria concluir que alguns amores vão morrendo pelo caminho e que o passado é bom e bonito, porque está lá atrás. Na medida em que vamos andando pela vida vamos deixando algumas pessoas por este mesmo caminho e sendo deixados, ainda que este não seja o nosso desejo e que tivéssemos lutado contra a maré.

Comentários

  1. Bem, eu não sou uma pessoa muito cuidadosa com as amizades. Depois de perder a que julgava eterna, me vi destreinada nesse quesito. Mas sei que é isso... passados felizes! Porém, não exito em pegar o telefone e ressuscitar indivíduos que não entenderão nada do que está acontecendo!! hauhaua! Temos que ser loucos as vezes. Nunca vi alguém não gostar de uma atenção assim...

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