Real life (Vida real)


Muitas pessoas defendem que viver a vida real é o fator fundamental de uma existência, no entanto, há muitos outros que vivem em um mundo de “faz de conta”, mergulhados em suas fantasias. O cantor Gonzaguinha imortalizou em sua voz os versos de uma de suas canções: “viver e não ter a vergonha de ser feliz, cantar, cantar e cantar a beleza de ser um eterno aprendiz...”. Esta é uma das afirmações mais positivas a respeito da vida, utilizado por aqueles que acreditam na beleza vida e em suas transformações.

Acreditar em um bote salva-vidas e em dias melhores é necessário. Apesar de dias difíceis, de receber mais “não” do que “sim”, de sentir que todas as portas e janelas estão trancadas e de que o sol nasceu para poucos. Certamente um ser humano, de carne e osso, deve ter pensado o quanto seria bom, às vezes, viver uma vida feita como nos filmes ou nas novelas, um mundo de “conto de fadas”. Nele você seria feliz para sempre, fecharia os olhos e alcançaria qualquer coisa que quisesse, haveria um “par companheiro” para você em algum momento da trama e os telespectadores da sua história torceriam por você e se emocionariam com sua vitória.

Um mundo perfeito, sem dor, sem perdas e com possibilidades infinitas. Eu sei que tudo isso é um sonho...para alguns um “sonho maluco” e, para outros, um “sonho ideal”.  Aprecio a realidade e, creio que mesmo diante de uma vida de obstáculos existam respostas, pois tudo está certo, mesmo quando a gente acredita que não está. Perdas para um grupo de indivíduos não são perdas, mas sim uma separação momentânea que jamais apagará os sentimentos verdadeiros um dia vivenciados e, que na hora exata existirá um reencontro.

Dificuldades, os sábios iluminados explicam que fazem parte do processo de maturação e purificação da alma. Contudo, como seres humanos que somos não é em todos os dias de nossas vidas, e muito menos, diante de grandes dores e dificuldades que pensamos desta maneira. Há o processo da dor, da revolta, do desejo de pular os dias, de voltar atrás, da fuga e de tudo mais que puder abortar essa missão que nos parece complicada e sufocante.

E o que fazer nestes dias complicados? O que fazer dessa “real life” tão carente de prazer, de realizações, de sorrisos ou de qualquer coisa que você possa estar pensando e desejando agora? Não tenho respostas! Cada um cria sua receita e seus remédios internos para poder ir à luta apesar dos dias cinzas e de tudo dito até agora. Porque mesmo que quiséssemos a vida não é um filme e ela não pára, já dizia a canção de Cazuza. 

Entretanto, diante de todos os obstáculos, sem respostas e nem certezas do que virá eu diria a você que possa estar fazendo as mesmas perguntas, citando Fernando Pessoa: “navegar é preciso”. E me dou o direito e a ousadia de complementar a essa afirmação: sonhar e batalhar também!

Comentários

  1. É amiga! Sempre que estou pra baixo lembro daquilo que falam sobre não ser ruim "curtir a dor". Pensando assim, a aceitação é rápida, a dor machuca mas não deixa sem expectativas. Existe mais sabedoria e lições aprendidas nesse masoquismo do que em querer fingir que está tudo no lugar.

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  2. palavras sábias,parabéns pelo texto como sempre está exelente!

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  3. Reativei o blog! Passa lá www.karendrago.blogspot.com

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