Fonte: Google |
A máxima “ame-se em primeiro
lugar” nunca fez tanto sentido. Se no século passado aprendemos a nos doar por
inteiro aos maridos, filhos, casa e afazeres domésticos, a mulher foi mudando
sua trajetória na evolução dos tempos. Hoje vamos sozinhas aos bares, festas,
viagens e nos damos ao direito de fazer o que quisermos de acordo com nossa consciência.
No entanto, toda mulher quer,
também, ter o direito de amar. Não importa qual o modelo de amor. Algumas irão
querer um conto de fadas mais atual, com o cara bem sucedido amante de fetiches,
que acaba por se apaixonar por aquela que se acha desengonçada e nada sexy;
outras irão querer uma história do tipo “sempre fomos amigos e nunca te
enxerguei”; haverá aquelas que desejam um romance casual, sem conexões, sem
cobranças e, outras tantas mulheres desejarão diversos modelos e formas de amar
compostas em sua mente por cada uma que nem saberia descrever.
Certo é que não somos mais como
nossas avós e mães que foram criadas para ser uma dona de casa exemplar, para
casar e permanecer em um matrimônio por toda eternidade. Hoje, questionamos os
relacionamentos, não calamos, nos reinventamos se preciso for e nos arriscamos
(até não poder mais!). “Vale tudo” como dizia Tim Maia...só não vale a gente
machucar a alma em prol de alguém que no final das contas quer o oposto do jogo
que você está disposta a jogar.
Se aos vinte e dois anos a gente
se sujeita ou se arrebenta por um sentimento e pelo “príncipe” nada encantado,
aos trinta e poucos a gente pode até ir à beira do abismo, mas pode se dar ao
direito de voltar atrás e, não se atirar, porque já conhece as marcas de um
tombo inconsequente.
Pode ser que isso seja o indício
de um amor próprio sem fim. Amor que a gente começa a dar a si e outros que
fazem parte de nosso dia a dia. Há muitas formas da gente enxergar o mundo bem
mais amplo do que um simples ou grande objetivo. Nos caminhos que vamos
construindo todos os dias, muitos passam, outros fogem, alguns se aproximam,
fingem ou demonstram suas intenções e outros acabam se indo como as estações
que vivenciamos nos 365 dias de um ano.
Garantia nunca haverá. Há uma
teoria que a cada encontro que a vida nos proporciona é como se comprássemos um
bilhete de loteria: você pode ser o grande premiado ou se quer ganhar na quadra
ou na quina. Assim, vamos apostando quando “bem nos der na telha”; algumas
vezes mais do que devíamos e noutras bem menos por simples precaução.
Apostas à parte, escolhas nunca são fáceis. O
amor próprio não é simples, é uma construção diária de uma rede indefinida, porém muito
construtiva; é colocar-se em primeiro lugar em alguns momentos; ser um pouco racional
quando o coração grita ou deseja demais. É dizer o “não”, porque sabe que dizer
“sim” só beneficiará apenas a uma pessoa e não a duas; abandonar ilusões;
colocar-se a um passo no futuro e ver o que lhe vale mais. Ter amor próprio é
fazer a sua vontade valer mais do que a de outro; é soltar aquele grito preso na
garganta e acreditar que no virar de uma esquina a resposta virá...de alguma
maneira.
Comentários
Postar um comentário